Comunicados à imprensa | 11/12/2019 Liebherr realiza montagem especial de guindaste de torre com cable crane

  • Montagem complexa para menor impacto ambiental
  • Cable crane foi utilizado, dispensando o uso de guindastes móveis auxiliares
  • Operação de montagem foi realizada em três etapas e durou cinco dias

Pela primeira vez realizada pela Liebherr Brasil, a montagem do guindaste de torre fabricado nacionalmente, o 85 EC-B 5b, foi realizada com auxílio de um cable crane. A operação aconteceu nas obras de duplicação do trecho de serra da Rodovia dos Tamoios, realizadas pela construtora Queiroz Galvão.

Processo de montagem do 85 EC-B 5b

O guindaste de torre Liebherr 85 EC-B 5b, fabricado nacionalmente, adquirido pela Queiroz Galvão, irá operar no AP 3* do V3*, que está sendo construído. As obras acontecem em meio à densa mata atlântica do local, em terreno montanhoso. Por isso, a utilização de guindastes móveis auxiliares não era possível para a montagem do guindaste de torre. Dessa forma, a equipe de engenharia de aplicação da Liebherr Tower Crane Solutions, em parceria com a Queiroz Galvão, utilizou o cable crane da construtora, que já opera no local, para realizar a montagem do guindaste de torre.

Na etapa de planejamento, o primeiro desafio foi lançado: qual seria o posicionamento e a altura ideal do guindaste de torre para suprir as necessidades das obras. Isso porque, o equipamento deveria ficar acima da linha da obra e abaixo do cable crane. Esse vão é de aproximadamente sete metros. Após essa definição, foi feito o plano de montagem.

A equipe aproveitou a base do pilar de sustentação da via que será construída para posicionar o equipamento. No entanto, esse pilar não fica localizado exatamente abaixo da linha de projeção e deslocamento de carga do cable crane o que levou ao segundo e principal desafio da montagem: como organizar a pega dos elementos do guindaste de torre, considerando-se o centro de gravidade desses elementos, já que o cable crane estava distante em aproximadamente sete metros do ponto final onde ficaria instalado o equipamento.

Para tal, foi construído junto ao pilar uma pequena extensão provisória, uma espécie de “platô”. Esse platô foi dimensionado para suportar a montagem da base com os lastros centrais, da torre e da plataforma giratória com a cabine do guindaste de torre. Esses elementos foram montados sobre trilhos, para que pudessem, após essa primeria etapa, ser deslocados para o centro da base do pilar. Portanto, após a montagem desses elementos (etapa 1) o equipamento, semi-montado, trasladou 6,5m em direção ao centro da base do pilar. Nesse ponto, o equipamento estava com dois de seus “trucks” (rodízios) no pilar definitivo e dois na divisa entre o pilar e a extensão (platô). Nesse local foi possível realizar a montagem da contra-lança e de parte dos contrapesos do guindastes de torre (etapa 2). Após essa segunda etapa, o equipamento trasladou mais 1,4m até sua posição final, de onde já era possível montar a lança do guindaste de torre, pegando-a pelo centro de gravidade correto e o restante dos contrapesos (etapa 3).

Com o equipamento completamente montado em seu local definitivo de trabalho, era hora de desmontar os “trucks”, já que o equipamento irá operar estacionário no local. Para tanto, foram utilizados dois macacos hidráulicos que ergueram um a um os “trucks”, os quais foram substituídos pelos suportes piramidais que servirão de apoio para o guindaste de torre durante sua operação.

O guindaste de torre foi montado com altura livre de gancho de 32 metros e lança de 32,5m. Será utilizado para auxiliar na construção do Viaduto 3 da duplicação da Rodovia dos Tamoios, acelerando a operação da obra, transportando diferentes materiais, como aço, formas, concreto, ferramentas, de forma segura e eficiente.

Duplicação do trecho de Serra da Rodovia dos Tamoios

As obras de duplicação do trecho de serra da Tamoios são realizadas pela Construtora Queiroz Galvão e foram iniciadas em 2015. Aproximadamente 70% das obras foram realizadas. Para a implantação da nova pista, que atenderá ao fluxo de subida da Serra, foi implantando um projeto com 85% de sua área de execução dentro do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo de Caraguatatuba).

São cerca de 22 km de novas pistas, compostas por oito viadutos, uma ponte, dois retornos e quatro túneis que, juntos, totalizam 12,8 km de extensão - preservando ao máximo a Mata Atlântica e a diversidade ecológica da região. Um dos túneis terá 5,5 km de comprimento – um dos maiores do Brasil.